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Agricultura

Lucro do setor agropecuário dos EUA deve diminuir 4,5%, prevê USDA

O USDA espera um aumento de 5,1% nas despesas totais de produção, para US$ 411,6 bilhões, especialmente com ração e fertilizantes

O lucro líquido do setor agropecuário dos Estados Unidos deve somar US$ 113,7 bilhões em 2022, uma diminuição de 4,5% ante a estimativa para 2021, de acordo com a mais recente projeção do Serviço de Pesquisa Econômica do Departamento de Agricultura do país (USDA).

O lucro líquido ajustado à inflação ficaria 7,9% abaixo do registrado no ano passado. Caso se confirme, o lucro (em termos reais) ainda ficará acima da média dos últimos 20 anos, apesar da queda.

Segundo o USDA, o resultado deve refletir em parte uma redução de 57% nos pagamentos diretos do governo, que devem somar US$ 11,7 bilhões em 2022. Além disso, o governo espera um aumento de 5,1% nas despesas totais de produção, para US$ 411,6 bilhões, refletindo custos mais altos de insumos como ração animal e fertilizantes.

Na agricultura, a receita deve aumentar US$ 12 bilhões, ou 5,1%, para US$ 248,6 bilhões em termos nominais, com maiores receitas com soja, milho, trigo e algodão.

A expectativa é de um aumento de US$ 4,6 bilhões (8,9%) da receita com soja. Já a receita com milho deve crescer US$ 3,4 bilhões (4,8%) em 2022. No caso do trigo, a receita deve aumentar 1,2 bilhão (10,6%). Segundo o USDA, a expectativa para a soja, o milho e o trigo é de maior volume vendido na comparação com 2021.

Já o faturamento da pecuária em 2022 deve crescer US$ 17,4 bilhões, ou 8,9%, para US$ 213,3 bilhões em termos nominais. O faturamento com bovinos deve aumentar US$ 6,2 bilhões (8,5%). As receitas com lácteos devem crescer US$ 9,3 bilhões (22,1%), enquanto a receita com frango deve aumentar US$ 4 bilhões (12,3%). As projeções de aumento se devem principalmente à expectativa de preços mais altos, disse o USDA. Já o faturamento com suínos deve diminuir US$ 2,8 bilhões (10,3%), com preços mais baixos.

tom vilsack, secretário do USDA
Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack. Foto: USDA

 

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