As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 5,30% para 5,27% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira (5).
A previsão de inflação nos preços administrados — que são controlados por contrato ou pelo poder público — diminuiu de 6,70% para 6,46%. Enquanto isso, a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) manteve-se em 4,70%.
Para 2022, as instituições financeiras reduziram de 6,70% para 6,61% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A previsão de inflação nos preços administrados para este ano diminuiu de -1,96% para -2,24%. A projeção para a inflação medida pelo IGP-M, por sua vez, caiu de 10,51% para 9,96%.
Inflação, PIB, Selic e câmbio
A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 elevou de 0,37% para 0,47%. A projeção para 2022 aumentou de 2,10% para 2,26%.
Já a previsão para a taxa básica de juros (Selic) elevou de 11,00% para 11,25% ao final de 2023. Para 2022, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 13,75%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,20 por dólar, enquanto a estimativa para 2022 manteve-se em R$ 5,20 por dólar.
Previsão de superávit
A previsão de superávit comercial em 2023 se manteve em US$ 60,00 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
A previsão para o saldo em conta corrente — que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda — foi de déficit de US$ 30,00 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 30,00 bilhões observado na semana anterior.
A estimativa para o investimento direto em 2023 aumentou para US$ 66,00 bilhões, comparada à projeção de US$ 65,50 bilhões da semana passada.