COMBUSTÍVEL

Mistura de biodiesel no diesel sobe para 14%

A próxima alteração no percentual de mistura do biodiesel será em 1º de março de 2025, quando o diesel passará a ter 15% de biodiesel (B15)

Na última sexta-feira (1º), o percentual da mistura de biodiesel no diesel aumentou de 12% para 14%, o B14.

O biodiesel é produzido a partir de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais, e é considerado uma alternativa aos combustíveis fósseis, contribuindo para transição energética.

O diesel é usado por veículos rodoviário de cargas, como caminhões; transporte coletivo (ônibus) e modelos off-road, como picapes.

A decisão de antecipar o cronograma de aumento da mistura de biodiesel foi tomada em dezembro de 2023, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A previsão era de que o índice fosse alcançado apenas em 2025.

À época, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) afirmou que a medida deve evitar a emissão de cinco milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera e reduzir a importação do combustível fóssil.

Além da descarbonização, o modelo traz ganho para segurança energética brasileira, pois economiza a importação de 2 bilhões de litros de diesel, aponta o Ministério de Minas e Energia (MME).

Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida é também beneficia os produtores agrícolas de diferentes portes. “Fortalecemos não só o nosso agronegócio, mas a agricultura familiar, combatendo as desigualdades e respeitando as vocações regionais. Prova disso é o decreto de reformulação do Selo Biocombustível Social, que editamos recentemente, fazendo com que toda a cadeia produtiva se desenvolva, desde o pequeno cooperado que tem a sua plantação até a grande usina produtora de biodiesel”.

“Estamos incrementando na cadeia energética brasileira em torno de 100 milhões de litros de biodiesel por mês. Isso é um marco histórico, pois dá segurança energética no mercado interno e afasta cada vez mais o Brasil da dependência do mercado externo”, destaca o vice-presidente do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt.

Atualmente, o país importa 25% de diesel fóssil, o que pode ser totalmente substituído por combustível renovável. “Estamos demonstrando cada vez mais para o mundo que o Brasil está comprometido com as metas de descarbonização acordadas dentro da COP28. Portanto, a indústria brasileira está preparada para o B20 e para o B25”, reforça.