São Paulo sediou a mais recente reunião do G20, um grupo de trabalho do Fórum Internacional que reúne representantes de mais de 80% do PIB mundial para discutir questões macroeconômicas estratégicas. O evento contou com a participação de ministros e presidentes de bancos centrais de diversas nações.
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Apesar de diagnosticado com Covid-19, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerado o anfitrião do evento, abriu oficialmente o encontro de dois dias de forma virtual. Em seu discurso de abertura, Haddad delineou as metas brasileiras na liderança do Fórum Internacional de Cooperação Econômica.
“A presidência brasileira assumiu o desafio de fazer um G20 inclusivo e que tenhamos a chance de avançar em diversos temas que nos são caros, como o combate à pobreza e a desigualdade, o financiamento efetivo ao desenvolvimento sustentável, a reforma da governança global, a tributação justa, a cooperação global para transformação ecológica e o problema do endividamento crônico de vários países”, afirmou o ministro.
Em relação à questão da desigualdade, Haddad destacou que a emergência climática está intrinsecamente relacionada a esse problema. Sob a presidência do G20 em 2024, o Brasil pretende propor uma nova governança global baseada em critérios socioambientais, visando construir um futuro mais próspero e sustentável, inclusive nas relações comerciais entre os países.
O Brasil, ao liderar o G20, apresentou propostas como a taxação de grandes fortunas, buscando cooperação internacional tributária sobre o assunto. Guilherme Melo, Secretário de Política Econômica, destacou a importância de combater estratégias de planejamento tributário por parte dos super ricos.
“É uma forma de combater esse tipo de planejamento tributário por parte dos super ricos que iam passando seu estoque de riqueza de geração em geração sem nunca pagar tributos sobre essa transmissão. Esse tema certamente será aprofundado pelos especialistas, e nós esperamos que o G20 seja um espaço onde possam se construir alguns consensos sobre essa necessidade e se iniciar uma agenda de formulação”, ressaltou Melo.
A liderança do G20 é rotativa, e a cada ano, quem preside o fórum internacional pauta temas considerados prioritários.