O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira em audiência na Câmara dos Deputados que teme que o desastre no Rio Grande do Sul seja usado como argumento para justificar uma política monetária mais apertada.
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“Neste momento, é muito difícil dizer o impacto que a tragédia no Rio Grande do Sul terá nos próximos dois ou três meses no Brasil. Asseguro que estamos fazendo um esforço e usando de criatividade, inclusive, como foi o caso da renegociação da dívida [do estado] por três anos para que o impacto primário seja o menor possível”.
Segundo Haddad, o objetivo é que a economia gaúcha retome o fôlego para que ainda neste ano o país consiga colher os frutos da recuperação.
Na reunião, o ministro aproveitou para questionar quem critica as metas fiscais do governo, visto que o teto da inflação e outras metas orçamentárias estão dentro do previsto. “Estamos com uma taxa de juro de 10,5% para uma inflação projetada para o ano de 3,70%. Diminuindo 10,50 por 3,70 é possível ver a que altura está andando o juro real no Brasil”, afirma.
No entanto, de acordo com o comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, o grande problema do governo é transformar a receita sazonal em despesa permanente. Assista o posicionamento dele na íntegra no vídeo acima.