Ambev divulga balanço antes da abertura e Petrobras pode testar uma recuperação, depois de os ruídos sobre a distribuição de dividendos extraordinários terem aberto uma correção de lucros ontem. Nos EUA, o dia é cheio, com participação de três dirigentes do Fed em eventos públicos e o muito esperado PCE de janeiro (10h30). NY chega ao dia mais importante da semana precificando chance majoritária de o ciclo de corte do juro começar em junho, com ajuste total de 75pb no ano.
A vantagem é que o mercado já pode estar preparado para o pior, com menor espaço para surpresa com o PCE, já que o CPI, o PPI e o payroll de janeiro vieram fortes, e os alertas dos Fed boys sobre a inflação elevada não são novidade.
Como dado predileto do Fed para a inflação, o PCE tem todo o potencial de influenciar. A previsão é de que o dado cheio de janeiro acelere para 0,3%, de 0,2% em dezembro, e que o núcleo dobre para 0,4% na margem. Na base anualizada, o core deve arrefecer de 2,9% para 2,8% e o dado cheio, de 2,6% para 2,4%.
Por aqui, a dúvida é se uma leitura pressionada da inflação americana nesta 5ªF poderia acelerar o dólar para a marca dos R$ 5 ou se a força do fluxo comercial e a Selic ainda atraente continuarão segurando a onda do real.
Já com o PCE em mãos, Raphael Bostic (12h50), Austan Goolsbee (13h) e Loretta Mester (15h15) discursam hoje. Ainda na agenda dos EUA, saem o auxílio-desemprego (10h30) e o PMI medido pelo ISM/Chicago (11h45). Ao meio-dia, serão divulgadas as vendas pendentes de imóveis em janeiro.
Quase sempre às voltas com um shutdown, lideranças do Congresso americano chegaram a um acordo ontem à noite para evitar uma paralisação parcial do governo no sábado, conseguindo financiamento até 30 de setembro. A medida, porém, é paliativa e ainda falta um compromisso para financiar todo o governo para além de março.
Na Alemanha, a uma semana da reunião do BCE, sai hoje a leitura preliminar do CPI de fevereiro (10h). Na China, será divulgado hoje à noite o PMI composto de fevereiro oficial e medido pelo setor privado.
Por aqui, o destaque da agenda é a Pnad Contínua do trimestre até janeiro (9h). A mediana das estimativas em pesquisa Broadcast é de avanço na taxa de desemprego de 7,4% para 7,8%, após nove quedas consecutivas. Às 14h30, sai o fluxo cambial semanal. MRV, Grendene e Copel soltam balanços após o fechamento do mercado. Campos Neto participa de reunião do G20, em SP, às 8h e terá reunião com Jerome Powell (Fed) às 13h.
GUERRA COM PREFEITOS – Causou revolta entre as prefeituras a decisão do governo de deixar de fora da desoneração da folha as prefeituras de menos de 142 mil habitantes, sem desconto na alíquota previdenciária. A Confederação dos Municípios convocou os prefeitos para uma mobilização na próxima 4ªF. Seja como for, o ministro Alexandre Padilha já sinaliza uma flexibilização e garante que será construída uma proposta aos prefeitos.
JURO DO CONSIGNADO – O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou uma nova redução no teto cobrado no empréstimo consignado a aposentados e pensionistas do INSS, de 1,76% ao mês para 1,72%. A Febraban reclamou que o teto “inviável” traz prejuízos aos aposentados com idade elevada e de baixa renda.
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