A série de entrevistas do Mercado & Companhia Agro Rumo a 2021, que recebe líderes do agro para destacar os cenários e as perspectivas para o setor no ano que vem, recebeu nesta quarta, 16, o presidente do Banco Cooperativo Sicredi, João Tavares, que avaliou os desafios para o setor de crédito agrícola em 2021.
Segundo Tavares, o ano de 2020 foi marcado pelos desafios da pandemia, mas o agro se saiu muito bem. “O grande foco da Sicredi foi auxiliar os associados a enfrentar os impactos da pandemia. Na questão do agro, ainda há uma proteção pelo dólar e preço das commodities, mas os outros setores foram bastante afetados. O que pautou o ano de 2020 foi intensificar os aportes de recursos que temos com o BNDES para manter o que fosse possível a atividade dos nossos associados. Já iniciou o financiamento da próxima safra com recorde de recursos ,já aumentando em relação a safra de 2019”, disse.
Segundo ele, houve um aumento na velocidade de uso das linhas de investimento, que são aquelas de recursos oriundos do BNDES. “A gente nota que ainda tem disponibilidade de recurso, mas aumentou a velocidade, o que é um sinal positivo de que as coisas vão continuar a se desenvolvendo. Temos pontos de atenção como a estiagem, mas temos disponibilidade de recurso”, completou.
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Estiagem
“Esse cenário de estiagem está no radar e já existem linhas de crédito para quem teve que fazer o replantio. Estamos mantendo as linhas operando e conseguindo fazer essas operações de replantio. Parte do efeito da estiagem é coberto pelo valor satisfatório das commodities, mas a gente continua operando região por região, para entender quais as necessidades de cada produtor”, disse ele.
Para o ano que começa em poucas semanas, a expressão defendida por Tavares é de um “otimismo realista”. Acreditamos em um ano de retomada, pois o agro é o motor da economia do Brasil e ajuda o desenvolvimento das regiões. Sabemos que temos desafios, mas acreditamos em uma recuperação e aproveitar tudo o que se aprendeu em 2020.
