O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou nesta sexta-feira, 25, ao Congresso Nacional a segunda parte do texto da reforma tributária ao presidente da Câmara, Arthur Lira. O projeto tem como objetivo simplificar o sistema tributário brasileiro. A proposta apresentada por Guedes aumenta o limite de isenção para a arrecadação do imposto de renda e reduz a taxação da empresas de 25% para 22,5% em 2022 e para 20% em 2023.
Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a reforma tributária está sendo feita em fatias, mas apesar dos passos lentos, a proposta é algo positivo. “Essa proposta, que foi entregue pelo ministro Paulo Guedes ao presidente da Câmara, é uma complementação do primeiro projeto encaminhado no Congresso para a unificação do PIS/Cofins onde o governo tenta unificar esses dois impostos. A reforma tributária no seu conjunto está sendo feito em fatias, como o Frankenstein, um monstro construído com várias peças”, diz.
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Daoud ainda ressalta a importância da atualização da tabela do imposto de renda, que está defasada desde 1996. “Na campanha eleitoral, Jair Bolsonaro disse que elevaria a tabela do imposto de renda da primeira faixa com isenção até R$ 5 mil, então quem tem salário de R$ 5 mil não pagaria imposto de renda. Essa tabela não é atualizada desde 1996 e tem uma defasagem de 120%. Como não se pôde abaixar para R$ 1.000, como foi a promessa do presidente Bolsonaro, o Paulo Guedes está propondo aumentar de R$ 1.900 para R$ 2.500. Isso é algo positivo, contudo, ainda precisamos observar quais os métodos para compensar a perda de arrecadação”, pondera o comentarista.