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Economia

Selic não é reduzida porque governo é inábil em fornecer expectativas positivas, diz Daoud

Falta do arcabouço fiscal é um dos elementos que impedem que o Banco Central reduza a taxa básica de juros, conforme o comentarista

A “Super Quarta” veio como o esperado pelos analistas. O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, elevou os juros do país em 0,25 ponto percentual, deixando a taxa norte-americana entre 5 e 5,25%. Esse foi o décimo aumento consecutivo do FED desde março do ano passado, mas o banco sinalizou que deve pausar os aumentos.

Já no Brasil, o Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano, pela sexta vez seguida, mesmo com a pressão do governo federal. Segundo o comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, a manutenção da taxa brasileira fez com que o dólar caísse, chegando a R$ 4,992. Além disso, para o Plano Safra, o patamar atual também é negativo.

“Ainda assim, o governo precisa entender que a taxa de juros não é uma vontade do Banco Central”, afirma Daoud, enfatizando que o patamar repercute o cenário econômico, muitas vezes, mesmo não sendo embasado em inflação de demanda ou de oferta.

“A Selic repercute a expectativa para o Brasil, que é ruim, visto que há pouco o Haddad [ministro da Economia] anunciou que vai adiar a votação do arcabouço fiscal, que estabelece regras fiscais para que o governo precise de menos dinheiro […].

 

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