Por Rosa Riscala
Uma série de indicadores da atividade serão divulgados na Europa e nos EUA, onde podem validar ou frustrar o entusiasmo que tomou conta dos mercados, após o Fed sinalizar para o corte dos juros: o índice Empire State (10h30), a produção industrial (11h15) e os PMIs da S&P Global (11h45).
Na China, saíram ontem à noite a produção industrial (+6,6% em novembro, acima da previsão de +5,4%) e as vendas no varejo (+10,1%, da previsão de 12,5%). Aqui, o rali do Ibovespa, que atingiu a marca histórica dos 130 mil pontos no fechamento, pode ser estendido se tudo continuar bem em NY e se o Congresso trabalhar direito, nesta 6ªF, no esforço concentrado para limpar a pauta econômica.
Hoje, devem ir à votação a reforma tributária, que pode ser promulgada ainda neste ano, e a MP da subvenção, principal medida para elevar a arrecadação em 2024, aprovada nesta 5ªF na comissão mista. Haddad disse que as alterações feitas pelo Congresso na MP não mudam as estimativas de uma arrecadação para 2024 em torno R$ 35 bilhões.
Já a frustração com as mudanças na proposta mais light para o JCP exigirá uma compensação com “medidas administrativas”, que ele não detalhou, mas promete divulgar “ainda neste ano”.
Como era esperado, o governo não conseguiu evitar que o Congresso derrubasse o veto integral do presidente à desoneração da folha. Haddad lamentou, dizendo que esse benefício custará mais de R$ 25 bilhões em 2024 e que a renúncia que não está prevista no orçamento.
Defendendo que a medida é inconstitucional, admitiu que poderá recorrer ao STF, mas tentará também uma saída política, que já está sendo construída com o Congresso, apresentando uma alternativa ao que foi aprovado, já na próxima semana. Único indicador da agenda doméstica, o IGP-10 (8h) deve desacelerar para 0,49% em dezembro.