A notícia da morte do cantor teve grande repercussão na internet no início da manhã. Antes das 7h, a palavra “Tinoco” já estava nos Trending Topics mundiais do Twitter, uma lista dos termos mais citados em postagens no microblog.
O sertanejo passou mal na tarde de quinta, dia 4, quando foi internado com crise respiratória. Os médicos afirmaram aos familiares, segundo estes, que, pelos sinais apresentados pelo cantor, ele havia sofrido um enfarte dois dias antes, apesar de não ter sentido os sintomas. Antes de falecer, Tinoco teve duas paradas cardíacas no hospital.
Um pioneiro do gênero caipira
Com o irmão Tonico (João Perez, morto em 1994, aos 77 anos), Tinoco formou uma das mais importantes parcerias artísticas da música brasileira. A dupla, surgida nos anos 1930 no interior de São Paulo, foi uma das precursoras do gênero sertanejo e ajudou a popularizar os temas do cancioneiro caipira em âmbito nacional.
Em mais de 50 anos de carreira, quando ficaram conhecidos como “A Dupla Coração do Brasil”, Tonico e Tinoco gravaram dezenas de álbuns que venderam 150 milhões de cópias, imortalizando canções como Chico Mineiro, Moreninha Linda, Tristeza do Jeca, Adeus, Mariana e Adeus, Paulistinha.