A Federação Cinológica Internacional (FCI) reconhece 25 raças diferentes de cães de pastoreio. Esses animais podem ser divididos em duas classes de acordo com as suas características físicas e instintivas: aqueles voltados para a condução, conhecidos como cães de trabalho; e os que servem para montar guarda.
De acordo com o adestrador de cães Dan Wroblewski, os cachorros são escolhidos pelo seu instinto e o treinamento para o pastoreio pode começar desde cedo, mas o cão só estará pronto para desempenhar a sua atividade após os dois anos de vida.
– Adestrar um cão é como educar uma criança. Se tivermos disciplina e formos justos com o cachorro, ele vai entender a gente. Mas quando a gente fala demais e acha que ele é “humano” ou quando mimamos demais, o adestramento fica complicado – pontua Wrobleski.
Dentro do grupo de cães de trabalho, existem outras subdivisões que variam de acordo com o tipo de animal a ser pastoreado. O border collie, por exemplo, é indicado para animais de porte menor, como ovelhas. Já o australian cattle dog é indicado para os de grande porte, como bois e búfalos, pois ser mais resistente.
O médico veterinário do portal CachorroGato Ricardo Tubaldini destaca a importância dos cuidados com os cães no campo. Segundo ele, a raiva – que já não é tão comum nos centros urbanos – ainda é uma doença muito frequente em animais do campo. Além disso, infecções e larvas como as que causam as doenças bicheira e berne são motivo de atenção para os donos.
– Se não iniciar o tratamento e não retirar as larvas vai continuar o ciclo e elas podem chegar até os órgãos vitais – destaca Tubaldini.