O sistema é formado por uma fossa séptica biodigestora e um clorador. O esgoto do vaso sanitário é conectado a essa fossa séptica, que é formada por três caixas d’água de mil litros, feitas de fibra de vidro ou fibrocimento, que são os modelos antigos que combinam cimento e amianto. A água sofre um processo de fermentação e sai tratada na última caixa.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Instrumentação Wilson Tadeu Lopes da Silva, o sistema foi desenvolvido pensando em residências com até cinco pessoas, mas pode ser usado em locais com até 25 pessoas sem ter problema nenhum. Ele ressalta que essa tecnologia pode não compensar para espaços muito maiores.
– Quando a gente pensa em aumentar, existem outras tecnologias que às vezes são mais eficientes e até mais baratas. Então, quando pensamos em sistemas maiores, temos que fazer esse balanço econômico também – enfatiza.
A entidade também desenvolveu outra tecnologia para tratar o restante da água da residência, como a proveniente de pias, chuveiros, tanques e máquinas de lavar: o jardim filtrante. O sistema natural de tratamento simula o efeito das várzeas dos rios. A água da casa é direcionada para um pequeno lago coberto com pedra, areia e plantas ornamentais, onde recebe o tratamento. Segundo o especialista, por ficar coberto por pedras e areia, o local não atrai pragas.