O pesquisador da Embrapa Roraima, Edmilson Evangelista, diz que o primeiro efeito direto do uso do fogo é o risco de um incêndio florestal.
De acordo com Evangelista, no estado de Roraima, um agricultor que realiza uma queimada sem autorização, pode ser multado em até R$ 50 milhões, dependendo da gravidade do caso. Mas, além das multas, o produtor pode ser prejudicado economicamente por outro fator: as queimadas eliminam nutrientes essenciais para o solo.
Atualmente, existem diversas técnicas substitutas, entre elas o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e o plantio direto. A Embrapa também tem desenvolvido alternativas como os sistemas agroflorestais e a trituração da capoeira.
Outra forma possível de manejo do solo sem uso do fogo é a rotação entre lavoura e pastagem, que tem sido muito utilizada pelos agricultores para nutrir o solo.
– Muitos produtores trabalham o plantio de grãos para renovação da pastagem porque existe um aporte de nutrientes nessas áreas. Em quatro ou cinco anos as pastagens começam a ficar mais fracas, a produtividade vai sendo reduzida e eles voltam com o plantio de grãos para fortalecer o solo novamente – explica Evangelista.