Devido à desaceleração da Europa e dos Estados Unidos, a China fez um estoque muito grande de borracha, forçando os preços brasileiros para baixo. Atualmente, paga-se US$ 1.400 por tonelada, o que representa um decréscimo de US$ 900 em relação ao ponto de equilíbrio do setor.
A seringueira, ou Hevea, como também é conhecida por seus produtores, da qual se extrai a borracha, é uma árvore nativa do Brasil. Porém, de acordo com Guerra, o mercado interno é responsável por menos de 2/3 do que é consumido e isso aconteceu porque “programas do passado não deram certo por motivos técnicos”.
– Faltou visão na criação de uma política cíclica para o setor. Estamos falando de um produto que demora sete anos para você começar a produzir e mais sete anos em condições normais para você ter retorno no investimento. Então, quem investirá em larga escala com total incerteza sobre políticas públicas?
Guerra, que também é diretor de Comunicação da Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor), destaca a importância da associação na luta por um seguro rural que possibilite o crescimento do setor. Segundo ele, as expectativas com a recuperação da economia norte-americana e o crescimento da Índia são de que o estoque seja consumido e os preços voltem a subir.