O programa “Década da Agricultura Familiar — 2019-2028”, criado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), chegou ao Rio Grande do Sul. Lançado nesta segunda-feira, 11, em Porto Alegre, o projeto pretende alavancar o setor, estimulando o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar. Atualmente, o segmento é responsável por 75% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.
O deputado federal Elton Weber, integrante da Comissão de Agricultura Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa gaúcha, afirma que é preciso reforçar cada vez mais a importância social, econômica e ambiental do segmento no contexto do estado e do Brasil.
O coordenador das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Coprofam), Alberto Broch, ressalta que de 70% a 80% dos alimentos produzidos vêm da agricultura familiar. “Queremos fortalecer, resgatar e afirmar, perante o Brasil e o mundo, a identidade da agricultura familiar”.
Além disso, a iniciativa pretende trabalhar também a sucessão rural. “Aqui, 70% dos produtores gaúchos têm mais de 45 anos. Quase 50% deles estão acima dos 50 anos. Precisamos criar políticas para que o jovem permaneça no campo produzindo alimentos”, afirma o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva.
A ideia é que as ações sejam distribuídas em sete pilares. “A missão é gerar estabilidade dentro do território, produzindo agricultura limpa, com apoio muito forte do governo, sociedade civil e iniciativa privada. Falamos em soluções locais para problemas globais”, diz o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala Gomes.