Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que entre 2017 e 2018, o Centro-Oeste registrou rendimento familiar mensal de R$ 6.772,86. Já no Sudeste o valor chegou a R$ 6.391,29 no mesmo período. No último levantamento, feito entre 2008 e 2009, a renda do Sudeste era cerca de R$ 500 superior à região central do Brasil.
Um dos fatores que explica o resultado é o agronegócio. Em 2018, o Centro-Oeste liderou o Valor Bruto da Produção Agropecuária do país, com R$ 138,12 bilhões. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também mostram que o emprego no agronegócio na região cresceu 11% desde 2012.
Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a pesquisa mostra um cenário preocupante, onde a renda está centralizada em poucas pessoas. Ele explica que 95% da população brasileira sobrevive com até dois salários mínimos e apenas 5% da população detém 95% da renda total.
Por outro lado, ele enfatiza que se o agronegócio conseguir construir um caminho para que essa população tenha incremento de renda, a produção de alimentos será beneficiada porque a demanda deve aumentar consideravelmente.