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Opinião

Alexandre Garcia analisa judicialização da política em meio à pandemia

Comentarista fala de inquéritos sobre as fake news, processo que corre contra a chapa Bolsonaro e Mourão, além do arquivamento de mais um processo contra Adélio Bispo; entenda

A análise do comentarista Alexandre Garcia no Rural Notícias desta sexta-feira, 5, foi sobre os inúmeros processos judiciais que estão travando o andamento político em Brasília. “Vazaram dados do presidente. Não foi vazado não, foi invadido. Invadiram dados de celulares, dados pessoais do presidente, dos três filhos dele, do ministro Weintraub, da ministra Damares e do deputado Douglas Garcia, de São Paulo, que está na lista de inquéritos das Fake News. Só vendo os alvos a gente já conhece a assinatura e já sabe a origem e a intenção”, disse.

Outro caso importante e que envolve o presidente da República, dessa vez como vítima, é a investigação sobre a facada sofrida durante a campanha eleitoral na cidade de Juiz de Fora (MG). “O Ministério Público pediu o arquivamento do segundo inquérito sobre o Adélio (Bispo, autor da facada) para saber se ele estava sozinho ou não. El,  como Santo Antônio, estava em dois lugares ao mesmo tempo:  estava na Câmara Federal, que era o álibi armado, e em Juiz de Fora. E milagrosamente, um sujeito desempregado tinha celulares, tinha dinheiro, conseguiu a ir até Juiz de Fora para esperar o presidente e caiu do céu, literalmente, um monte de advogado para lhe ajudar. Pelo visto, um crime perfeito”, comentou Alexandre Garcia.

“Outra questão judicial: será no dia 9 de junho o julgamento de um pedido dos candidatos Boulos e Marina Silva para cassar o registro da candidatura de Bolsonaro e Mourão. Ou seja, cassar a vontade de 58 milhões de eleitores. Dificilmente vai passar, pois o Ministério Público já havia pedido o arquivamento por falta de provas, mas estava em pedido de vistas do ministro Edson Fachin e agora será julgado, causando uma certa celeuma e preocupação com a instabilidade” completou.

Após a questão do tribunal eleitoral, no dia seguinte, vão examinar no plenário do Supremo o inquérito sobre as Fake News “Um inquérito inusitado, onde o queixoso (STF), é quem investiga, faz diligência, julga e condena. Acredito que o Supremo não vai ser carcereiro. Tá em jogo aí a liberdade de expressão e de opinião, e é o Supremo se defendendo de supostas ofensas e ameaças aos ministros. Supostas ou não.”

Alexandre Garcia finaliza dizendo que todas essas questões judiciais contribuem para deixar o ambiente político apreensivo e agitado, ainda mais em um momento em que o Brasil enfrenta uma crise política e econômica.

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