As recentes ações do Supremo Tribunal Federal (STF) estão gerando grande repercussão em Brasília nesta semana. Segundo o comentarista Alexandre Garcia, a situação do Brasil já está bastante complicada com a crise na área da Saúde e Economia, mas, ao que parece, o que preocupa ainda mais é a crise política.
Ele lembra os episódios onde constaram um eventual pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro e, mais recentemente, a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril. “Se divulgou uma reunião reservada, que estava lá carimbada como secreta, sendo que haviam autorizado divulgar as partes que interessavam à queixa de Sergio Moro. Divulgaram tudo”, disse.
Em decisão do ministro Alexandre de Moraes, foi deflagrada nesta quarta, 28, pela Polícia Federal o que eu chamo de ‘Operação Censura’. Alexandre, o mesmo ministro que há dois anos disse que quem não quiser sofrer crítica que não se meta em cargo político, mas o Supremo não gosta de crítica. O presidente [Jair Bolsonaro] é criticado o dia todo, só reage da boca para fora, nunca tomou nenhuma providência. Assim como os presidentes da Câmara e Senado. Mas só o Supremo que não pode [ser criticado]?”, completou Alexandre Garcia.
Segundo o comentarista, essa ação do STF gera uma situação inusitada. “O queixoso [Supremo] abre o inquérito, investiga, vai julgar e vai punir. Nunca se viu coisa igual, e é por isso que a Procuradoria-Geral da República pediu ao ministro Facchin que o plenário se reúna e decida tirar essa história. Só que esse inquérito da tal fake news agride todos os princípios constitucionais das liberdades e garantias individuais, do direito de expressão, da ausência de censura, sob qualquer forma”.
Segundo Garcia, a atuação do STF deixou Bolsonaro irritado e, nesta manhã, o presidente pediu independência e harmonia entre os poderes. “Está na hora de apaziguar. É muita crise junta e parece que falta sensatez nas decisões do Supremo, que são totalmente absurdas, pois contrariam a própria Constituição, sendo que o STF deve ser o intérprete da Constituição”, finalizou.