Nesses primeiros dias de quarentena estamos vendo medidas que vão além do esperado. Que são exageradas.
Essas medidas provocam mais mal do que o mal em si, que é a expansão do coronavírus. Para dar um exemplo, tem o vídeo de um caminhoneiro chorando às margens da BR-101, no Rio de Janeiro, dizendo que vai ter que parar por onde não ter mais onde comer. O restaurante que ele iria se alimentar fechou porque chegaram fiscais da Vigilância Sanitária e ordenaram o encerramento das atividades.
Lojas com produtos agropecuários, ferramentas e máquinas. Todas fechadas, assim com oficinas para caminhoneiros, que rodam sem a possibilidade de manutenção.
Desta maneira, vai faltar o básico para os alimentos chegarem a seus destinos. Imagina a cena: faltando leite na cidade e produtores jogando leite fora por não ter como enviar para os consumidores.
Essas medidas dando prioridade ao transporte, à produção, ao processamento e comercialização do que é essencial deve abranger também as atividades ligadas às atividades essenciais. Não dá para fechar os olhos para o que é evidente e é preciso ser racional e ter sensatez.
Não se pode ter exagero, com autoridades querendo ir atrás de um clamor provocado por um medo exposto. Temos que ficar em pé e enfrentar o coronavírus.