Opinião

Alexandre Garcia: Devemos evitar o medo, ficar de pé e enfrentar o vírus

O comentarista do Canal Rural fala sobre os exageros nas medidas contra o coronavírus e como o Brasil deve se policiar para não ser prejudicado pelo medo

Nesses primeiros dias de quarentena estamos vendo medidas que vão além do esperado. Que são exageradas.

Essas medidas provocam mais mal do que o mal em si, que é a expansão do coronavírus. Para dar um exemplo, tem o vídeo de um caminhoneiro chorando às margens da BR-101, no Rio de Janeiro, dizendo que vai ter que parar por onde não ter mais onde comer. O restaurante que ele iria se alimentar fechou porque chegaram fiscais da Vigilância Sanitária e ordenaram o encerramento das atividades.

Lojas com produtos agropecuários, ferramentas e máquinas. Todas fechadas, assim com oficinas para caminhoneiros, que rodam sem a possibilidade de manutenção.

Desta maneira, vai faltar o básico para os alimentos chegarem a seus destinos. Imagina a cena: faltando leite na cidade e produtores jogando leite fora por não ter como enviar para os consumidores.

Essas medidas dando prioridade ao transporte, à produção, ao processamento e comercialização do que é essencial deve abranger também as atividades ligadas às atividades essenciais. Não dá para fechar os olhos para o que é evidente e é preciso ser racional e ter sensatez.

Não se pode ter exagero, com autoridades querendo ir atrás de um clamor provocado por um medo exposto. Temos que ficar em pé e enfrentar o coronavírus.