Com a confirmação de novas mortes pelo novo-coronavírus fora da China, a moeda americana fechou a semana, de novas disparadas, estável. O que todos querem saber é até quando a epidemia do novo coronavírus vai continuar pressionando a economia global, e como isso tem respingado no agro brasileiro.
Em entrevista ao Rural Notícias desta sexta-feira, 21, o pesquisador da GV Agro, Felipe Serigatti, falou sobre um estudo que ele elaborou e que mostra o impacto do vírus na economia mundial.
“A China é a segunda maior economia do planeta e grande demandante por commodities. Como a atividade econômica na China está rodando mais devagar, está havendo maior dificuldade desses produtos chegarem aos chineses. Dado a essa demanda menos aquecidas, temos que ficar atentos às demandas que operam a valores mais baixos”
Segundo Serigatti, a questão é que ninguém sabe como vai caminhar esta questão do coronavírus, o que faz com que as pessoas migrem seus investimentos para o dólar, que é um local mais seguro. “Não é por acaso que no Brasil a moeda tem testado novos tetos a cada dia”, completou.
Para ele, apesar de as commodities estarem sendo impactadas, as agrícolas são as que menos sentem. “A demanda por comida deve voltar mais rapidamente, ao contrário do minério de ferro, por exemplo, que depende mais de uma atividade econômica mais enriquecida”.
Apesar de os preços estarem em queda, o câmbio tem sido um fator interessante para quem está exportando no Brasil. “É um filtro que acaba compensando a queda”, concluiu.