O executivo do HSBC, André Brandão, foi indicado neste domingo, 2, pelo presidente Jair Bolsonaro, como novo presidente do Banco do Brasil. Brandão deve substituir Rubem Novaes, que anunciou a saída da instituição no dia 24 de julho.
O palácio do planalto já comunicou a diretoria do banco sobre o nome do novo presidente e deve, nos próximos dias, oficializar a nomeação. Embora André Brandão seja mais conhecido na área de investimentos, o governo acredita que a indicação vai ajudar no crescimento da agenda de venda de ativos do Banco do Brasil.
Brandão atuava desde 2003 como chefe global do HSBC para as Américas e, em 2015, depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava contas brasileiras no braço suíço do banco, no caso que ficou conhecido como Swissleaks.
O economista e sócio-diretor da Necton, André Perfeito, acredita que, com a mudança, o presidente tem que levar o banco para um processo de desinvestimento, vendendo ativo.
Sobre a reunião ministerial que ocorreu em abril e que teve o sigilo quebrado pela Justiça, uma da falas foi sobre a privatização do banco. Perfeito acredita que a medida pode ser viável, não por causa do novo presidente, mas por uma conjuntura mais ampla.
Sobre a oficialização do cargo de André Brandão como novo presidente, o analista acredita que será um processo rápido e pode ter efeito benigno no banco.