A irrigação é uma aliada importante da agricultura, principalmente em momentos de estiagem, como a registrada no Rio Grande do Sul na safra 2019/2020. Apesar disso, apenas 10% da área agrícola do Brasil (cerca de 6,7 milhões de hectares) conta com a tecnologia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, 40% está no Sul, 25% no Sudeste, 19% no Nordeste e 11% no Centro-Oeste.
Segundo o comentarista do Canal Rural e especialista em crédito rural, Ivan Wedekin, na safra passada, os financiamentos para irrigação agrícola somaram R$ 340 milhões, distribuídos em 525 projetos, queda de 24% em relação à temporada anterior. Na pecuária, foram feitos 75 contratos, totalizando R$ 21 milhões, alta de 98%. “O principal motivo da queda foram as taxas de juros”, salienta.
Por isso, para a safra 2020/2021, o governo aperfeiçoou o Moderinfra, programa que financia irrigação. A linha de crédito recebeu R$ 1,5 bilhão para continuar “desenvolvendo a irrigação para que ela reduza o risco e aumente a eficiência da agricultura brasileira”.
“O limite de crédito por produtor é de R$ 3,3 milhões, podendo chegar a R$ 9,9 milhões em caso de financiamento coletivo. A taxa de juros é de 6% ao ano, na safra foi de 8%. O prazo de pagamento é de até 10 anos com 3 anos de carência”, detalha Wedekin.