As autoridades fitossanitárias do Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) afirmaram que agora existem dez nuvens de gafanhotos ativas no país. Os maiores prejuízos no país vizinho são para o trigo.
No Brasil, a Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul acompanha o deslocamento constante dos insetos com atenção. Segundo o fiscal agropecuário Juliano Ritter, as nuvens estão a aproximadamente 600 quilômetros da fronteira com o Brasil. “Fizemos contato com o Senasa, ontem, e a informação que foi repassada é que as cinco nuvens, que se encontram em Salta, Santiago Del Estero, Tucumãn e Córdoba se dividiram. A estimativa do Senasa é que eles, hoje, estejam com 10 nuvens gafanhotos ativas no país’, falou.
Segundo Ritter, a grande dificuldade que os argentinos estão encontrando é com o deslocamento, já que o país tem uma série de restrições por conta do avanço do contágio da Covid-19. “Eles não podem se deslocar de uma província para outra, têm que respeitar a quarentena. Eles estão com muitas dificuldades no acompanhamento, monitoramento e no controle dessas nuvens. Tem sido reportado danos em trigo”, completou
O fiscal informou que as autoridade brasileiras vão continuar mantendo o contato com os argentinos para verificar o deslocamento dessas nuvens. “O que nos preocupa são posturas de ovos dessas nuvens, possíveis gerações de insetos. Então, nós, da Defesa Agropecuária Estadual, seguimos fazendo este monitoramento e esse contato dia a dia, semana a semana, para nos prepararmos para qualquer possibilidade de ocorrência da praga, no estado do Rio Grande do Sul”, concluiu.