Os preços dos principais insumos na produção de frango, como milho e farelo de soja, mostraram queda na maior parte das regiões acompanhados pelo Cepea. Mas, segundo a pesquisadora da entidade, Maristela Martins, o “poder de compra do avicultor no acumulado do ano está melhor do que no mesmo período de 2018.”
Maristela aponta os problemas de exportação que ocorreram no ano passado e que, por conta disso, os preços dos insumos estavam mais altos, o que dificultou a vida do avicultor. “Como as exportações estão favoráveis esse ano, elas impulsionaram os preços”, afirma ela.
Para a pesquisadora, o preço para quem não exporta e compra frango vivo também está maior, portanto “é necessário vender a carne, o produto abatido, por um preço também maior pra compensar essa alta no frango vivo”.
Consumo e exportação
Maristela também explica que houve uma redução no consumo em julho, especificamente. Segundo ela, as vendas foram mais fracas por conta das férias escolares, já que o frango é consumido na merenda escolar, e também por conta das temperaturas mais amenas.
Para o segundo semestre, a pesquisadora aponta que as exportações tendem a continuar bastante elevadas. “Esse ano a gente viu a China comprando muita carne de frango do Brasil e isso tende a continuar acontecendo porque ela precisa da proteína para abastecer o mercado local, já que os casos de peste suína africana dizimaram o rebanho do país”, conclui Maristela.