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Mercado e Cia

Banco central dos EUA corta taxa de juros do país pela primeira vez desde 2008

O banco  alegou nesta quarta-feira, 31, que a atividade econômica continua sólida nos EUA,mas reconheceu as incertezas provocadas pelas tensões comerciais internacionais

O banco central dos Estados Unidos, Federal Reserve, ou FED, anunciou uma redução da taxa básicas de juros do país em 0,25% ponto percentual, para um patamar de 2% a 2,25%. Esse foi o primeiro corte na taxa desde 2008.
O banco central americano alegou nesta quarta-feira, 31, que a atividade econômica continua sólida nos EUA, mas reconheceu as incertezas provocadas pelas tensões comerciais internacionais e o fraco panorama da economia mundial. A queda dos juros foi decidida por um placar de oito votos a favor e dois contra entre os membros do FED.

“Vamos deixar claro: não é o começo de uma longa série de cortes da taxa”, afirmou o presidente do FED, Jerome Powell, decepcionando o mercado que aguardava um longo período de baixas. Ele disse, porém, que também não significa que haverá apenas uma redução.

Os dados macroeconômicos mais recentes apontam uma desaceleração dos EUA, assim como de Europa e China. A economia americana se desacelerou no segundo trimestre, segundo o primeiro cálculo oficial, ao registrar um crescimento de 2,1% no período de 12 meses. No primeiro trimestre, a alta havia sido de 3,1%.

Já a inflação caiu dois décimos percentuais em junho, para 1,6%, considerando o acumulado nos últimos 12 meses. Com isso, permanece abaixo da meta estipulada pelo FED, de 2% anual.

Nos últimos meses, o presidente americano, Donald Trump, vinha criticando severamente o banco central e cobrando uma redução dos juros.

Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, a indicação FED de que não haverá tendência de cortes de juros, pode acabar limitando o viés de queda para o dólar. “O corte não foi tão bem aceito pelo mercado. Isso porque o FED apresentou uma declaração muito confusa em relação a decisão futura aos próximos movimentos e até mesmo sobre própria decisão do corte atual”, afirma o analista.   

Já para o comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, não há como prever uma tendência de preços em relação a moeda norte-americana, e recomenda que o produtor fique atento e confie na experiência de negociações passadas para novos negócios. “O cenário do câmbio  é confuso e complexo, e não tem como afirmar uma tendência no mercado. A indicação é apenas fechar o preço e não depender de outros fatores, ou confiar em tendências”, disse.

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