As indústrias de lácteos reivindicam crédito para estoques e capital de giro, já que alguns clientes, principalmente do setor de food service, estão solicitando prorrogação dos pagamentos em virtude da suspensão de operações com a quarentena.
Representantes dos produtores, da indústria e da Secretária de Agricultura do Rio Grande do Sul se reuniram esta semana, em videoconferência da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, para discutir soluções para o setor.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), é essencial que o pecuarista também tenha acesso a essas linhas de crédito, de forma a assegurar a manutenção de sua atividade e renda no campo.
O secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, afirma que a grande preocupação é o capital de giro. “O setor lácteo é um dos que mais exige das indústrias, justamente para bancar esse prazo para pagar o produtor e receber das redes”.
Os derivados de leite, principalmente o queijo, têm enfrentado um aumento considerável de estoque. O comentarista Benedito Rosa afirma que o produtor de leite tem motivos reais para estar preocupado. “Esse é um cenário ruim e todos estamos com um ponto de interrogação à frente. Quanto tempo durará as restrições do mercado? Até quando vai a queda de demanda? É um quadro de incertezas e dificuldades”.