Agronegócio

Bolsonaro: 'Vamos dividir nossas riquezas com aqueles que acreditam no Brasil’

A afirmação foi dita durante a abertura do Fórum de Investimentos, em São Paulo, que apresenta a investidores estrangeiros as oportunidades de negócios no país

O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quinta-feira, 10, a confiança dos investidores, afirmando que é preciso fazer o casamento entre o progresso e a preservação ambiental. “O Brasil tem reservas minerais, biodiversidade, águas potáveis, grandes espaços vazios cobiçados, riquezas naturais, nossos sete pantanais, uma costa maravilhosa, parques nacionais, temos tudo para ser aquela nação dos sonhos de todos nós. E nós queremos repartir isso com vocês, os senhores que estão aqui acreditando no Brasil”, disse.

A afirmação foi dita durante a abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2019, em São Paulo, que apresenta a investidores estrangeiros as oportunidades de negócios em setores estratégicos da economia brasileira, como infraestrutura, energia, agronegócio, tecnologia e inovação.

Ao lado de vários ministros, o presidente destacou a atuação e autonomia da sua equipe na condução da política governamental e disse que “é bom trabalhar com pessoas que têm capacidade de antecipar problemas”.

“Eu, como técnico de um time de 22 ministros, para a gente entrar em campo e ganhar o jogo eu tenho que ter a confiança deles, eles confiarem em mim, para que vocês possam também confiar em nós e acreditar que esse país, de fato, mudou”, disse.

Agronegócio 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também marcou presença no encontro. Logo após a abertura do evento, a ministra iniciou uma série de reuniões com empresas que investem ou querem investir no agronegócio.

Tereza Cristina disse que já recebeu projetos importantes para a segurança alimentar do Brasil e do mundo. Participam das reuniões os secretários de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Leite Ribeiro, e de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo.

Produção indígena 

Ainda durante o discurso, Jair Bolsonaro citou o estado de Roraima e a produção de arroz por fazendeiros, que acontecia na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, antes de sua demarcação em 2005. “Os rizicultores queriam apenas 1% daquela área para continuar produzindo arroz, não conseguiram. Roraima hoje importa arroz. Nós temos que fazer esse casamento”, defendeu.

“É um estado riquíssimo, mas que está engessado por certas legislações, que queremos mudá-las para o bem do seu povo. E seu povo tem brancos, negros e índios, em especial, índios, que querem se integrar, que são por vezes latifundiários pobres em cima de terras ricas”, ressaltou.

Amazônia e meio-ambiente 

Ao falar sobre a Amazônia, Bolsonaro destacou sua biodiversidade, riquezas minerais e pontos turísticos e disse que quer explorá-las de forma sustentável. “Fazer com o que ela tem de bom sirva par nós e para a humanidade. Nós queremos legalizar os garimpos na região para os brancos e para os índios, para o bem deles”, disse.

Para o presidente, entretanto, a legislação é um entrave para a desenvolver o potencial de muitas regiões. “Se formos para o Centro-Oeste veremos seu potencial agrícola, os problemas que tem por causa de alguma legislação, que não é fácil sua mudança, porque a agenda mundial está agora calcada na questão ambiental. E nós queremos preservar o meio ambiente e queremos casá-lo com o progresso. Isso que está aqui é nosso, pode ser explorado, pode ser preservado para o bem de todos nós”, destacou.

Economia 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um balanço das conquistas do governo, com as reformas em tramitação e as medidas já aprovadas no Congresso. Guedes destacou o trabalho conjunto dos ministros para destravar a economia brasileira, citando a ministra da Agricultura, Tereza Cristina como participante desses esforços.

“Estamos com um crescimento autossustentável, sem balão de oxigênio para ajudar”, disse.

“Crescimento subindo, inflação descendo e retomando longo ciclo de possível crescimento graças à revolução que está acontecendo no Brasil”, disse.

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