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Café: Femagri começa unindo tecnologia e cooperativismo em Guaxupé

O principal objetivo do evento é promover o encontro entre produtores de café e fornecedores de máquinas, implementos, insumos agrícolas e qualquer ferramenta que venha ajudar no processo de gestão e de manejo

Femagri
Foto: André Dorea/ Canal Rural

Começou nesta quarta-feira, em Guaxupé (MG), mais uma edição da Femagri, maior feira do setor cafeeiro no país. Ocupando 107 mil metros quadrados de área, 120 expositores aguardam a presença de 33 mil visitantes nos próximos três dias.

De acordo com o superintendente de desenvolvimento da Cooxupé, Eduardo Santos Jr., o setor precisa voltar seus olhos para a tecnologia. “A tecnologia vai ser o divisor de águas entre o cara que vai ganhar dinheiro e sobreviver na atividade e quem vai ter que parar. A única maneira de produzir com renda é ter maior produtividade com menor área e com qualidade, que é o mais importante”, disse.

O principal objetivo da Femagri é promover o encontro entre produtores de café e fornecedores de máquinas, implementos, insumos agrícolas e qualquer ferramenta que venha ajudar no processo de gestão e de manejo.

O produtor Isaak Cintra, por exemplo, está a procura de um secador mais moderno e achou que a Femagri era o lugar certo para inovar seu maquinário. “Eu tenho um secador estático e quero um secador rotativo para secar o café, com mais umidade um pouco, para mim seria muito interessante”, disse.

A Femagri acontece desde 1997 e é organizada pela Cooxupé, a principal cooperativa de café do país com mais de 14 mil cooperados. Para entender como essa feira cresceu nas últimas duas décadas, basta lembrar que na primeira edição, em 1997, passaram pelos estandes 2,5 mil pessoas com um volume de negócios girando em torno de US$ 2 milhões de reais. No ano passado foram, 33 mil visitantes e R$ 135 milhões em negócios.

O tema escolhido para esta 19ª edição é cooperativismo trazendo tecnologia, gestão e confiança à cafeicultura. Esse tem sido, aliás , o lema da Cooxupé: unir os pequenos produtores para conseguir conquistar mercado e garantir rentabilidade a quem produz.

“O cooperativismo tem um poder tão grande que a união com 86% de pequenos produtores, como é o caso dessa cooperativa, para poder concorrer com grandes players do mercado e ainda conseguir ser premiado. É bonito ou não é? É lindo. Isso para quem gosta do cooperativismo é fantástico”, disse o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto de Melo.