As cotações do café arábica no mercado físico subiram 8% em outubro. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a valorização deve-se a três fatores: a entressafra no Brasil, a alta na Bolsa de Nova York e a queda do dólar.
Segundo projeção da entidade, a tendência é de que esse movimento continue em novembro, o que pode significar uma “ótima oportunidade para os cafeicultores que apostam nas operações de hedge e barter.
Hedge é uma estratégia de produtores, visando proteger as vendas da safra de possíveis variações nos preços. Nela, agricultores negociam a safra futura a preços determinados antes mesmo da colheita. Já barter se trata do pagamento de insumos usados na safra através da entrega de grãos.
Maciel Silva, assessor técnico da CNA, comenta que, nos próximos meses, o clima será o principal fator modificador de preços, já que a ocorrência de veranicos pode ser extremamente prejudicial. “Qualquer alteração mais drástica vai mexer com o mercado e picos podem ser oportunidade de negócios”, diz.