Após três meses de depoimentos e avaliação de relatórios, a Câmara dos Representantes norte-americana deve votar no início da noite desta quarta-feira, 18, os dois processos de impeachment contra o presidente Donald Trump, que dos 431 votos, os democratas precisam de 216 para aprovar o processo.
Caso mais da metade dos deputados vote a favor, a tramitação segue para o Senado do país. A Câmara, então, deve nomear os parlamentares que vão atuar como os promotores do julgamento, apresentando as acusações.
Enquanto os senadores vão atuar como júri, decidindo pela culpabilidade do presidente ou não. A previsão é de que o debate sobre a cassação do mandato de trump comece ainda em janeiro.
Nos processos, o presidente norte-americano é acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso, equivalente, aqui no Brasil, às acusações que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O processo de impeachment contra Trump começou quando veio à tona o conteúdo de um telefonema com o presidente recém eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelinski.
Na conversa, o norte-americano pede que o país europeu investigue Hunter Biden, filho de Joe Biden, ex-vice-presidente dos estados unidos e atual pré-candidato da oposição à Casa Branca.
Para Matheus Andrade, analista político da BJM Consultores, a votação será longa, mas chance de derrotas para o atual presidente. “A Câmara é dominada por um partido oposicionista, que é o caso dos democratas, o que levar uma derrota ao governo Trump. Diferente do Brasil, caso o Donald Trump seja impeachmado pela Câmara, ele não será afastado do cargo, ele continua como presidente e as discussões passam para o Senado em 2020”, explica Andrade.