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Cepea: dólar mantém soja brasileira atrativa mesmo com preços recordes

Analista afirma, ainda, que derrubar tarifas sobre importações não deve surtir efeito sobre as cotações por conta do câmbio em alta

O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para a soja, com base no porto de Paranaguá, atingiu o maior valor da história nesta quinta-feira, 27, a R$ 134,79.

Segundo pesquisadores da entidade, o movimento de alta está atrelado à valorização do dólar frente ao real, que mantém a commodity brasileira mais atrativa para os importadores.

O pesquisador Lucílio Alves afirma que o mercado brasileiro da oleaginosa registra um ano excelente em termos de oferta, com recorde de produção, mas diferente do que foi observado em anos anteriores, registrou-se um choque de demanda. “É extremamente complicada essa regulação”, diz.

Alves destaca que o preço da soja em dólar é o mesmo se compararmos os valores de agosto deste ano com agosto de 2019. “O que muda é a alta taxa de câmbio, quase 36% maior. Com isso, o vendedor se sente atraído e o preço do nosso produto permanece barato para o comprador”, pontua.

Com relação à possível retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) sobre soja importada de países de fora do Mercosul, o pesquisador diz “que não tem como surtir efeito” e isso deve ser amenizado pela taxa de câmbio.