O texto-base da PEC da reforma da Previdência foi aprovado nesta terça-feira, 1º, por 56 votos a 16, mas os senadores derrubaram a proposta de emenda à constituição o artigo que restringia o pagamento do abono salarial a quem ganha até R$ 1.364,43 por mês.
Esse era um dos pontos mais importantes para o governo por conta da economia que o item agregaria em uma década. Treze senadores que haviam apoiado o texto-base da reforma da Previdência foram contra o governo e ajudaram a derrubar a mudança no abono salarial. Com isso, a economia esperada em dez anos com a reforma foi reduzida em R$ 76,4 bilhões, e agora será de R$ 800,3 bilhões.
A regra atual do abono foi mantida: recebe o benefício quem ganha até dois salários mínimos, cerca de R$ 2 mil. Após a derrota do governo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, interrompeu a sessão, embora ainda houvesse seis destaques a serem apreciados pelo plenário. Nesta quarta-feira, 2, outras seis possibilidades de mudança no texto principal da reforma vão ser apreciadas pela casa.
Notícias Relacionadas
Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, analisou que, de cara, a reforma da Previdência não vai afetar em nada na parte econômica. Sobre a votação, Daoud vê que governo deu uma “vacilada” e a emenda que acabou passando teria “desidratado” a reforma.
Para o comentarista, o segundo turno para a votação da reforma pode significar uma uma ameaça muito grande, pois o mercado financeiro já entendeu que reforma não vai melhorar o problema de caixa do país.
