A China confirmou que vai manter as isenções tarifárias adicionais sobre a soja e carne suína dos Estados Unidos. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 25, pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma do Ministério do Comércio chinês.
Segundo o analista de mercado Vlamir Brandalizze, os chineses seguem dando acenos positivos para tentar fazer a negociação comercial andar. “O movimento, no entanto, é pontual. Não é uma abertura total”, disse.
O especialista explica que empresas da China não querem correr o risco de ficar sem o grão em 2020 e já começam a atuar para garantir o abastecimento do país. Com isso, a leitura da empresa é que os chineses continuam precisando de soja e a demanda continua aquecida.
“Os chineses já compraram o maior volume de soja do Brasil. Agora eles sabem que tem pouca soja disponível e saber que precisam do grão para atender a demanda do ano”, comenta.
O analista ressalta que o movimento de compras de soja norte-americana pela China acabou ativando agentes do mercado brasileiro. “A safra nova que estava parada há quase dois meses começou a andar nesta semana”.
De acordo com a Brandalizze Consulting, as cotações da oleaginosa para entrega entre maio e junho estão próximas de R$ 86 a R$ 87 por saca. O analista vê que este pode ser um momento oportuno para fixar alguns negócios da temporada 2019/2020.