As contratações de crédito rural subsidiado na safra 2019/2020 totalizaram R$ 19,5 bilhões até outubro, 20% menos que no mesmo período da temporada anterior, segundo dados do Banco Central.
Em audiência na Câmara dos Deputados, o presidente da instituição financeira, Roberto Campos Neto, ressalta que a baixa na movimentação é atípica. Segundo ele, com a redução da taxa de juros (Selic) e a facilidade de acesso, muitos produtores preferem tomar empréstimos em bancos privados.
Uma das promessas do governo de Jair Bolsonaro, no início do ano, foi trabalhar na desburocratização de processos para facilitar a vida do produtor, mas Campos Neto afirma que a burocracia é o principal motivo da baixa adesão aos recursos subsidiados.
O comentarista Miguel Daoud afirma que não houveram mesmo melhorias na desburocratização devido a alguns fatores, como, por exemplo, o produtor rural perdendo a rentabilidade da atividade. Além disso, apesar de serem créditos subsidiados, os bancos estão mais criteriosos.