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Mercado e Cia

Coronavírus: ‘Não podemos estabelecer um limite para a alta do dólar’

Economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos, enquanto o mercado internacional seguir afetado pela doença, moeda brasileira continuará pressionada

Após o dólar atingir o patamar de R$ 4,50 na manhã desta quinta-feira, 27, especialistas projetam que a moeda norte-americana não possui um limite de alta. Para o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos, enquanto o mercado  internacional seguir afetado pela incerteza do coronavírus, os ativos brasileiros continuarão pressionados, como a moeda brasileira e de outros países emergentes.

“Como se trata de uma crise externa com coronavírus e sem sinal de estabilização, não há como estabelecer limite para a alta. Com isso, as moedas de países que são pares do real mostram desvalorização forte. O cenário é de cautela e a possibilidade de novas altas existe”, diz.

Campos ressalta que essa disparada do dólar acontece porque o mercado financeiro não vê no momento uma possibilidade de reversão da doença. Porém, quando o contágio do coronavírus diminuir e a avaliação de que a epidemia estiver sob controle, os mercados irão reagir. “A questão é saber quando isso irá ocorrer. Não se sabe se demorará semanas ou meses”, explica.

Além do coronavírus, o contexto do Brasil também influencia a moeda. “O cenário interno não ajuda, com turbulência política, incerteza sobre a agenda reformista e ritmo de recuperação econômica”, comenta.

Ele projeta que conforme o momento mais crítico do coronavírus for superado, o dólar poderia voltar ao patamar de R$ 4,15 a R$ 4,20.

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