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Agronegócio

Covid-19 não afeta safra de grãos e Conab estima produção em 251,8 mi de toneladas

Os agricultores seguem as atividades dentro da normalidade, com adoção dos cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde e a OMS, afirmou a entidade

A pandemia de Covid-19 enfrentada pelo mundo não afetou o andamento da safra brasileira. Com isso, a estimativa brasileira da produção de grãos passou de 251,9 milhões de toneladas para 251,8 milhões de toneladas.

A queda total foi de cerca de 100 mil toneladas, mantendo ainda níveis recordes de colheita, como indicado pelo 7º Levantamento da Safra divulgado nesta quinta-feira, 9, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Os agricultores seguem as atividades dentro da normalidade, com adoção dos cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS), além de continuar com os tratos culturais, como adubação e aplicação de defensivos no período recomendado”, afirmou a entidade em nota.

Área total 

Esse volume deve ser registrado em uma área total cultivada de 65,1 milhões de hectares, crescimento de 2,9% ou 1,85 milhão de hectares. De acordo com a Conab, a soja e o milho são os produtos que impulsionam o bom resultado.

Soja

A oleaginosa deve apresentar uma produção de 122,1 milhões de toneladas, ganho de 6,1% em relação à safra 2018/2019, mas perda de 1,7% em relação último levantamento. O maior desempenho já registrado da cultura acontece mesmo com os problemas climáticos ocorridos no Sul do país, sobretudo no Rio Grande do Sul.

Nas demais regiões, o clima favoreceu e, aliado ao crescimento na área de 2,7% em relação à última temporada, a soja segue como um dos principais produtos da safra.

A cultura apresenta produtividades recordes em Mato Grosso, Paraná, Goiás, São Paulo, Maranhão, Rondônia e Distrito Federal, mas teve o pior rendimento do Rio Grande do Sul nas últimas oito safras.

Milho 

Outro grão de destaque, o milho deve apresentar uma colheita de 101,9 milhões de toneladas. A maior parte deste volume é esperada na segunda safra do cereal, quando se estima uma produção de 75,4 milhões de toneladas.

A área tende a crescer em 4,5% comparada com a safra anterior e pode atingir 13,5 milhões de hectares. A Conab destaca, ainda, que o plantio do grão encontra-se em estágio avançado.

A estimativa de área de milho primeira safra, na temporada 2019/2020, é de 4,22 milhões de hectares, 2,8%
maior que a área cultivada na safra 2018/2019, influenciada pelas boas cotações do cereal.

Problemas climáticos na Região Sul, sobretudo no Rio Grande do Sul, prejudicaram o potencial produtivo das
lavouras, o que deverá resultar em um rendimento médio no país de 4,2% menor que na última safra. A
colheita no país atingiu 44% na semana do levantamento.

A segunda safra de milho tem a semeadura acontecendo de acordo com o avanço da colheita da soja. Mato Grosso, principal estado produtor, finalizou o plantio do milho, juntamente com Goiás, Tocantins e Maranhão. Paraná, Mato  Grosso do Sul e Piauí têm mais de 90% da área semeada.

O atraso no plantio da soja, por conta da falta ou desuniformidade das chuvas em outubro passado, reduziu a janela de plantio favorável ao milho segunda safra, fato que ajuda explicar a estimativa de redução de área em Mato Grosso do Sul e Paraná. A despeito dessa menor janela, em Mato Grosso do Sul, estima-se que aproximadamente 25% da área será semeada fora do zoneamento de risco climático.

Para o milho de terceira safra, a produção estimada é de 1,16 milhão de toneladas. Esse milho, que tem sua
oferta, principalmente, na região da Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), além de Pernambuco e
Roraima, é produzido num calendário de plantio parecido com o do Hemisfério Norte, concentrando-se no
período entre maio e junho.

Outras culturas 

Além de milho e soja, algodão, arroz, feijão e sorgo devem registrar incremento na produção, o que influencia positivamente no número final da safra brasileira. No caso do arroz, este aumento acompanha uma queda de plantio do grão em área sequeira.

“Mas este movimento é seguido também de uma maior proporção do cultivo da cultura em áreas irrigadas, que geram maiores produtividades. Aliado a isso, o contínuo investimento do rizicultor em tecnologias permite a manutenção da produção, ajustada ao consumo nacional”, diz a companhia.

O algodão também deve apresentar a maior produção já registrada na série histórica, com uma colheita estimada em 2,88 milhões de toneladas da pluma do grão, influenciada pelos grandes investimentos no setor e pela expansão de área cultivada, aliada às boas condições climáticas encontradas nas principais regiões produtor

 

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