A balança comercial brasileira vem dependendo muito das exportações para a China, principalmente as agropecuárias. De acordo com o professor de Economia da Universidade de São Paulo (USP) Celso Crisi, não é a toa que o Ministério da Agricultura e o presidente Jair Bolsonaro estão tentando ampliar a parceria com a Índia.
“É outro gigante e potencialmente um dos maiores players do comércio mundial. Tem uma população incrivelmente grande, uma boa classe média, condição muito interessantes em algumas indústrias para nos favorecer, como no caso de defensivos agrícolas”, diz.
Apesar disso, o Brasil não deve largar a China e trabalha com três objetivos: ampliar a pauta de embarques com o país asiático; manter os mercados já conquistados para soja, milho e carnes; e agregar valor através de produtos processados.
“Essa relação com a China, estreita como está, é um passo do pragmatismo diplomático brasileiro”, comenta o professor que afirma que o governo vem buscando resultados econômicos, como a geração de empregos através das exportações.
Além de tudo, ele afirma que a criação de uma zona de livre comércio entre o Brasil e China, que está em discussão, poderia ter extrema importância.