A cúpula da reforma tributária nas duas casas do congresso tenta afastar a possibilidade de uma nova CPMF, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, planeja apresentar. De acordo com a presidente da Comissão de Constituição e Justiça no Senado, Simone Tebét, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Mato Grosso do Sul, se a equipe de Guedes quiser mandar um imposto novo sem ter consenso em torno dele, o Congresso não vai entregar a reforma neste ano.
A senadora esteve com o deputado Baleia Rossi, do MDB de São Paulo, autor da proposta de reforma que tramita na Câmara. Ambos concordaram na avaliação.
O secretário-adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, anunciou que o governo planeja taxar saques e depósitos em dinheiro com uma alíquota de 0,4%. A cobrança faz parte do imposto sobre pagamentos, que vem sendo comparado à antiga CPMF. A medida pode ser incluída na proposta da reforma tributária que ainda vai ser apresentada ao Congresso.
Miguel Daoud comentou que CPMF se torna um CTTF (Cobrança aos tributos nas transações financeiras), mas pune muito os mais os pobres. Para ele, intensão de Guedes é achar uma desculpa, pois a economia do Brasil não vai andar e, caso a reforma não aconteça este ano, só vai acontecer em 2021. Para o comentarista, a solução é vender reservas e esteriliza a dívida, fazendo o dólar vai cair e o real se valorizar no momento perfeito para o Brasil.