O custo de produção para a próxima safra de arroz em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, deve crescer 4% em comparação com o ciclo anterior, é o que aponta um estudo feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O estado é responsável por 60% da produção de arroz no país, mas segundo o levantamento, desde a safra 2009/2010 até a safra de 2018/2019, os produtores do estado tiveram margem líquida positiva em apenas três safras.
O assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil , Alan Malinski, afirma que os maiores vilões nos gastos são os fertilizantes, defensivos e a mão de obra.
“ O índice de 4% ainda não é tão alto, já que custos chegaram a subir até 20% de janeiro até março de 2019”. Alan explica ainda que o setor arrozeiro está passado por uma crise longa e em que safras anteriores, o produtor não conseguiu cobrir seus custos de produção. “O produtor de arroz vem no seu limite a alguns anos”, diz.