O número de mortes decorrentes do coronavírus subiu para 132 na China, e a quantidade de pessoas infectadas já passou de 6.000 pessoas. Companhias aéreas, como British Airways, Lufthansa e United Airlines, anunciaram a suspensão dos voos para o país asiático. No Brasil, em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 29, o Ministério da Saúde informou que monitora nove suspeitos de terem sido infectados pelo vírus, de seis estados brasileiros. Além disso, a pasta também apresentou medidas de fiscalização para evitar que a doença entre no país.
“O surto da doença ainda vai piorar antes de começar a melhorar”, afirmou um dos maiores especialistas no assunto, Arnoldo Monto, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Em entrevista ao Jornal o Estado de São Paulo, ele disse que a situação não deve ser tão grave quanto a epidemia de um vírus parecido que matou 800 pessoas há 17 anos.
A demanda chinesa pela carne brasileira pode diminuir com o avanço do coronavírus no país, aponta a consultoria Safras & Mercado. O analista Fernando Iglesias afirmou que o isolamento de algumas cidades, assim como a restrição do tráfego de pessoas, contribui para a queda no consumo.
A Organização Mundial da Saúde vai decidir se declara alerta global sobre a epidemia de coronavírus. Para o comentarista Miguel Daoud, se esse alerta for emitido, isso terá impacto direto no PIB da China e, consequentemente, no índice do Brasil, que poderá ter sérios problemas já que vem se recuperando de uma crise econômica.