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Daoud: Pico estendido da pandemia vai gerar falta de liquidez no mercado

Segundo o comentarista, se houver um agravamento na economia interna, o governo pode optar por emitir mai moedas, o que agrava a inflação, ou aumentar a taxa de juros

O mercado financeiro aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a nova taxa de juros do Brasil, que deve ser anunciada entre os dias 5 e 6 de maio. Mas a expectativa era de que esse anúncio pudesse vir antes desta data, para reverter a situação da política brasileira.

Para o comentarista Miguel Daoud, essa decisão antecipada poderia vir porque a projeção de inflação está caindo muito rapidamente.” Quando a taxa de juros tem uma defasagem muito grande com a inflação, se tem uma taxa de juros muito alta. Antecipando esse corte nos juros, o dólar poderia cair, e foi isso que aconteceu quando esse sentimento de anúncio era mais evidente”, disse.

Acontece que o presidente do Banco Central indicou que não vai anunciar, por enquanto, novo corte nos juros. “O Brasil não tem dinheiro e a única maneira de o país conseguir dinheiro para combater o coronavírus é lançando títulos de dívidas, mas com uma taxa de juros tão baixa, é muito difícil conseguir atingir a soma de quase R$ 1 trilhão para se combater o coronavírus”, analisou Daoud.

Segundo o comentarista, se houver um agravamento na economia interna, o governo pode optar por emitir mai moedas, o que agrava a inflação, ou aumentar a taxa de juros. Tudo depende de como a crise vai evoluir.