O estoque de porcas reprodutoras da da China aumentou 0,6% em outubro, de acordo com dados do Ministério da Agriculturas e Assuntos Rurais do país. Essa é a primeira alta desde abril de 2018.
Com os dados, o governo chinês avalia que a produção de suínos pode começar a ser recuperado em breve, após a peste suína africana reduzir em mais de 40% o rebanho de porcos no país. Apesar da expectativa do governo, a Organização das nações Unidas Para Agricultura e Alimentação (FAO), indica que a doença continua reduzindo o número de animais na Ásia.
Somente na última semana, mais de 80 mil animais foram abatidos, e de acordo com levantamento realizado pela FAO apontam que até o momento, cerca de 7 milhões de suínos foram eliminados em função da peste.
Para Lygia Pimentel, diretora da consultoria Agrifatto, a projeção do governo é otimista, mas a doença ainda oferece grande risco. ‘É compreensível que o número de matrizes tenha se elevado, porque o preço de suínos está explodindo na China, e com isso, os produtores estão segurando ao máximo pra tentar produzir mais e aproveitar a onda de bons preços. Mas é importante lembrar que a doença ainda não foi eliminada’, diz.
‘O mercado ainda está bastante nervoso, já que os estoques mundiais estão cada vez mais baixo’ alerta ela.
Lygia comentou ainda que o Brasil ainda deve se beneficiar. ‘A peste suína africana vai continuar gerando momento positivo em 2020’, disse a analista.