O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, afirma que o setor não esperava pela demanda “brutal”, desencadeada pelo surto de peste suína africana na China e em outros 21 países. “Faltou carne suína para abastecê-los e eles estão buscando proteína bovina, de aves, peixes e até insetos para suprir”, diz.
Segundo ele, a situação exigiu do produtor brasileiro cuidado com sanidade, mas também levou o mercado exportador a um novo patamar. “Aumento de preço e volume bastante significativo para a carne suína em 2019, de 15% a 20%”, afirma. Para a carne de frango, a boa notícia é o aumento de 5% na receita.
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Turra afirma que os suinocultores devem agir com cautela quanto a investimento, já que os chineses devem investir pesado na recuperação de seu plantel. “Mas não é fácil. Números do Rabobank falam em cinco anos”, diz. Ele afirma que o começo de 2020 será bastante positivo para o setor.