O clima nos Estados Unidos e o tamanho da safra americana continuam no radar do mercado de grãos, mas as atenções do mercado começa a se voltar para a demanda chinesa. “Por mais que a neve tenha reduzido a produtividade [americana], ficou limitada a regiões ao norte dos EUA”, afirma o diretor da ARC Mercosul, Tarso Veloso.
Segundo o analista, o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de novembro deve trazer novos cortes na safra americana, mas serão “muito pequenos”.
Outra possibilidade observada por players, de acordo com Veloso, é que o presidente eleito na Argentina, o peronista Alberto Fernández, aumente os impostos sobre as exportações de grãos do país. “Caso positivo, os argentinos podem perder um pouco, mas não o suficiente para ser uma grande mudança no mercado global”, diz.
Além disso, o clima no Brasil também preocupa. “Apesar de ainda não ser uma preocupação, se chegarmos a 5 de novembro, sem chuvas substanciais em algumas regiões produtoras, as cotações futuros devem subir em Chicago”, finaliza.