As exportações brasileiras de frutas caíram 13% em receita e 5% em volume no primeiro semestre de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O diretor-executivo da Associação Brasileira de Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Eduardo Brandão, afirma que o recuo já era esperado pelo setor e espera por um pico no segundo semestre.
Segundo a entidade, as quedas resultam das dificuldades de transporte pelo modal aéreo e demanda limitada em todo o mundo, devido às medidas de contenção impostas pela pandemia da Covid-19. “As frutas exportadas não tiveram como ser exportadas e vieram para o mercado interno”, comenta.
Para piorar, mesmo com a aproximação do Mercosul e União Europeia, o Brasil enfrenta o pagamento de tarifas de exportação para países europeus, nossos principais consumidores. O setor se sente abandonado enquanto países como Chile e Peru concorrem com tarifas zero em algumas frutas.
Brandão finaliza afirmando que as questões ambientais que estão no foco da mídia internacional também têm prejudicado o setor, que emprega cinco milhões de funcionários. “Está nos causando alguns prejuízos por informações errôneas em relação à produção do agro brasileiro”, diz.