Decepcionante a postura do Presidente @jairbolsonaro na reunião que tivemos há pouco com Governadores do Sudeste para tratar sobre o combate ao coronavírus. Levamos as solicitações do Governo de SP e nosso posicionamento sobre a forma como a crise deve ser enfrentada.
— João Doria (@jdoriajr) March 25, 2020
Mercado e Cia
Governadores se afastam de Bolsonaro no enfrentamento ao coronavírus
Na tarde desta quarta-feira, 27, governadores se reúnem em videoconferência, sem a presença do presidente, para alinhar ações de combate ao coronavírus
Na manhã desta quarta-feira, 25, governadores da região Sudeste se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro em uma videoconferência para tratar de medidas de mitigação à crise causada pela pandemia. O encontro, que deveria tratar de questões econômicas e de saúde, acabou tendo como destaque o conflito político entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria.
No Twitter, Doria escreveu que a postura do presidente foi decepcionante. “Levamos as solicitações do governo de São Paulo e nosso posicionamento sobre a forma como a crise deve ser enfrentada. Recebi como resposta um ataque descontrolado do presidente. Ao invés de discutir medidas para salvar vidas, preferiu falar sobre política e eleições”.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto chegou a convocar uma coletiva de imprensa por volta das 12h30, mas cancelou o evento em menos de dez minutos.
Em pronunciamento oficial, transmitido ao vivo pela TV Cultura, também próximo do meio-dia, Dória anunciou que na tarde desta quarta-feira, governadores de todos os estados e do Distrito Federal se reunirão em videoconferência para unificar as ações de controle da pandemia e da economia. O presidente não participa dessa conversa. O governador de São Paulo reforçou que, mesmo com os conflitos, segue aberto ao diálogo com o governo federal.
Diversos gestores estaduais utilizaram as redes sociais nesta manhã para manifestar posicionamento contrário ao apresentado por Bolsonaro em pronunciamento oficial na noite de quarta-feira, 24. Na fala, o presidente voltou a se referir à doença como uma “gripezinha” e criticou o isolamento decretado por prefeitos e governadores.
“Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada. A proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa”, disse o presidente.