Agronegócio

‘Juros do agronegócio nunca acompanharam a queda da taxa Selic’

De acordo com o comentarista Miguel Daoud, com a taxa básica de juros na casa de 3%, produtores se perguntam porque o valor do plano safra varia entre 4,5% e 8%

Nesta quarta-feira, 13, o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deputado Zé Mario, e o superintendente técnico da entidade, Bruno Lucchi, se reuniram com a ministra da Agricultura Tereza Cristina para entregar as propostas da CNA para o próximo Plano Safra. Os secretários de Política Agrícola, Eduardo Sampaio, e de Agricultura Familiar, Fernando Schwanke, também estiveram presentes. Entre as dez propostas prioritárias do documento estão a redução da taxa de juros e a priorização de recursos para o crédito de custeio e comercialização.

No caso do Pronaf, a taxa passaria de 4,6% para 2,5%. No Pronamp, de 6% para 4% e os demais produtores passariam, de acordo com a proposta da CNA, de 8% para 5%.

Acontece que a taxa básica de juros no Brasil, a Selic, caiu de 3,75% para 3%. Na visão do comentarista Miguel Daoud, é o reflexo de uma equalização que nunca houve. “A Selic sofreu uma queda brutal nos últimos tempos, passando de 14% para 3%. Historicamente as taxas de juros do plano safra sempre foram mais vantajosas, mas a redução não conseguiu acompanhar essa queda. O que acontece é que a Selic caiu muito e o produtor segue pagando praticamente a mesma taxa”, disse.