No passado, o Brasil foi o segundo maior produtor de mandioca do mundo, mas perdeu espaço. De acordo com o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) Fábio Isaias Felipe, os países asiáticos, como Tailândia, Indonésia e Vietnã, investiram fortemente em tecnologia, aumentando a produtividade. “Enquanto isso, a produtividade do Brasil vem se mantendo constante. Quando analisamos por estado, chega até produtividade decrescente”, diz.
E a pandemia do novo coronavírus também afetou a cadeia da mandioca. Segundo o estudioso, no início da pandemia houve certa restrição no transporte de trabalhadores, e uma vez que a mandioca tem a colheita toda feita manualmente, isso acabou interferindo o ritmo da colheita e consequentemente a oferta. “Porém, aos poucos, houve flexibilização e o ritmo de colheita está próximo do normal”, diz.
Isaías afirma que o maior impacto foi na comercialização da fécula. O insumo sofreu queda com a paralisação dos segmentos industriais.