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Mercado e Cia

Mendonça de Barros: 'Brasil terá espaço mesmo com acordo China-EUA'

Segundo economista, a demanda gerada pelo surto de peste suína africana na Ásia é muito grande. Além disso, ele destaca o crescimento da demanda interna

As perspectivas para a agropecuária brasileira em 2020 são bastantes positivas, afirma o economista José Roberto Mendonça de Barros. Segundo ele, o grande desequilíbrio entre oferta e demanda de carnes no mercado internacional, por causa do surto de peste suína africana na Ásia, continuará puxando as cotações das proteína, o que por sua vez também fortalece os preços dos grãos. Assim, carnes, soja e milho devem ser destaques neste ano.

Para o especialista, mesmo que os Estados Unidos e a China assinem um acordo comercial, há espaço para todos, já que a quebra na produção de carne foi de 17 milhões de toneladas.

“A nossa percepção é de que a demanda seguirá boa, e não só na China. A demanda interna também está melhorando com o aquecimento da economia”, argumenta Mendonça de Barros.

Apesar de tudo, o economista avalia que o acordo entre as duas potências é positivo, pois tira a tensão que existia no mundo. “O dólar já recuou. Acredito que vá fechar o ano entre R$ 4 e R$ 4,05. O acordo tirou a pressão de R$ 4,20”, frisa.

Mendonça de Barros destaca dois pontos de atenção neste próximo ano: a guerra comercial, enquanto não for fechado um acordo, continuará pressionando os mercados; e a questão ambiental. “Vejo uma certa radicalização e o Brasil não está isento de sofrer novas retaliações do exterior contra os nossos produtos”, diz.

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